sexta-feira, 7 de outubro de 2011


Robinson Faria e a síndrome de Canindé Queiroz

Os "democratas" estão provando que não são tão democratas assim. Nos Estados Unidos, governados pelos democratas de Barack Obama, nada menos que 700 manifestantes foram presos por estarem protestando contra os banqueiros. Aqui, José Agripino esqueceu toda a amizade histórica de Robinson de Faria e até o recente apoio na campanha passada ao seu nome para o Senado e detonou na Justiça a criação do PSD. Como não conseguiu, Carlos Augusto e Rosalba entraram em ação para completar o serviço esvaziando a sigla nascente. Rosalba, de quem Robinson é vice e secretário. Em favor de quem Robinson trabalhou na campanha passada ajudando a derrotar Iberê e a própria Wilma com quem teve um relacionamento prestigiadíssimo durante oito anos. Quem não lembra Iberê cedendo suas bases de 150 mil votos para fazer de Fábio Faria o deputado federal mais votado? Robinson seria o vice de Iberê sem nenhuma dificuldade e hoje estaria assumindo temporariamente o governo, até porque Iberê se encontra em tratamento e daqui a 25 meses estaria assumindo o governo, em definitivo, com direito a reeleição. Robinson afobou-se e fez o que raposa nenhuma faria. Não quis entender que ninguém que estivesse no lugar de Iberê abriria mão da candidatura. E que Wilma não tinha como demovê-lo. Jogou tudo para cima e foi para a chapa de Rosalba com o mesmo cargo de vice, mas sem direito a assumir e disputar o governo em 2014, sonhando com uma improvável eleição ao Senado, pois para tanto precisaria primeiro se viabilizar internamente e depois derrotar Wilma de Faria ou Fátima Bezerra ou outro nome forte que com certeza aparecerá, se nenhuma das duas for candidata. O formigueiro estourou debaixo dos seus pés. Garibaldi, a quem Robinson apoiou para Senador trouxe seu primo Henrique, que, em tese, não tinha apoiado Rosalba. Ficou evidente demais que Henrique vinha para calçar Robinson, pois Carlos Augusto sempre temeu que ele se fortalecesse e lhe pusesse a faca nos peitos. Mas Henrique não veio apenas calçar Robinson. Na verdade veio tomar seu lugar de candidato a senador do governismo. Robinson esteve em Mossoró na semana passada anunciando sua pré-candidatura ao Senado. Mas já fazia uma semana que Garibaldi tinha anunciado a de Henrique, com direito a Fafá do lado. Olhando bem. Robinson vem sendo tratado como "um mal necessário". Carlos Augusto apenas o suporta. Ouvi de fonte natalense muito bem postada junto ao rosalbismo que ele não duraria seis meses nas graças "do poder" e que os cargos que estava ganhando, era apenas uma forma de amarrá-lo. Até o momento, e lá se vão dez meses, Robinson não teve o gosto de sentar "na cadeira", coisa que era muito freqüente a Luis Pinto e a Capistrano quando foram vices de Rosalba. Quer dizer. O sistema não quer dar gás a Robinson. Pelo visto, vai no mesmo ritmo de Canindé Queiroz diante de Dix-huit. Pode tirar todo o mandato dela sem ter o gosto de assumir. E, pelo andar da carruagem, ser isolado. E, em vez de assumir, sumir. Ou buscar um novo, ou seria "velho" rumo. E sair cantando Lupicínio Rodrigues: "Só vingança, vingança, vingança, aos santos clamar"

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