segunda-feira, 2 de abril de 2012

Política

Ato em São Paulo cobra punição de crimes da ditadura

Foto: Michel Filho / O Globo

Marcelle Ribeiro, O Globo
Cerca de 300 manifestantes fazem um ato contra o golpe militar de 1964 em frente ao cemitério da Consolação, na região central de São Paulo. Eles querem lembrar os 48 anos do golpe e cobram punição para os responsáveis pelos crimes da ditadura.
Organizado por grupos políticos, de teatro e de samba, o protesto quer mostrar e punir aqueles que também se uniram aos militares durante os anos de chumbo. Os manifestantes ocupam a pista de subida da Rua da Consolação com um carro de som. O protesto é pacífico.
Na quinta-feira passada, terminou em confusão, corre-corre e pancadaria um protesto contra a comemoração pela passagem dos 48 anos do golpe militar de 1964, no Rio de Janeiro. Cerca de 300 militares da reserva participavam do evento, chamado de “1964 — A Verdade”, na sede do Clube Militar, enquanto representantes de PT, PCB, PCdoB, PSOL, PDT e outros movimentos sociais de esquerda, fizeram a manifestação na frente das duas entradas do prédio. Uma pessoa foi detida e duas ficaram feridas.
Em São Paulo, o protesto seguirá por pontos do centro que lembram, de alguma maneira, a ditadura. Um deles é a Rua Maria Antônia, onde houve confrontos entre estudantes da Universidade Mackenzie, entre eles integrantes do Comando de Caça aos Comunistas, e alunos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade São Paulo, que culminaram com a morte de um jovem. O protesto deve ser encerrado em frente à antiga sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops).
Neste domingo, primeiro de abril, popularmente conhecido como o Dia da Mentira e aniversário do golpe militar, os manifestantes escolheram usar uma camiseta com o logotipo que mostra uma bandeira dom os dizeres "Cordão da Mentira" e um boneco com chapéu militar e nariz de Pinóquio. A expectativa é a de que até mil pessoas compareçam ao evento, que foi divulgado nas redes sociais da internet.
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